Após o texto anterior, sobre a morte, a ideia aqui era dar continuidade ao assunto, e escrever na semana passada sobre "contrariedade". Mas curiosamente, depois de algumas tentativas diante do monitor, o texto não saiu...
Então resolvi deixar fluir e o processo de escrita acontecer naturalmente. Até porque, se não for natural, não tem alma. E sem alma, não tem vida. E se não tem vida, não tem troca. E se não tem troca, não tem sentido... para mim.
Entre um flash de pensamento e outro, pensei: "Que interessante, lidar com a contrariedade é tão difícil, que escorreguei dela como um sabonete escorre de mãos molhadas..." E pensei também que recém escrevi sobre a possível maior de todas as contrariedades - a morte. E que ficaria um tanto desmotivante mencionar o tema mais uma vez, mesmo que de outra forma.
Aí me veio a luz! Eureka! Abordar justamente a solução para a questão, ou seja, a CRIATIVIDADE!
É com criatividade que desvendamos problemas. E se não desvendamos, inventamos novas possibilidades, criamos novos recursos, e descobrimos novos caminhos.
Talvez essa seja a maior, digamos, virtude do ser humano. Ou a chave-mestre para toda a existência. Talvez seja a criatividade, inerente a todos nós, que nos permita caminhar com segurança diante das incertezas da vida e, consequentemente, das contrariedades que ela nos oferta para crescer.
A criatividade nos torna flexíveis, confiantes, certos de que tudo é contornável. Aquela história de que "para tudo há um jeito", sabe?! Faz com que despertemos para potencialidades adormecidas em nós, desconhecidas até...
Muitas vezes o que atrapalha o contato com ela é o medo. E o medo toma conta quando a visão é limitada, como se houvesse apenas uma saída, a que justamente se encontra interditada. Ele faz acreditar que toda a vida se resume àquele período de tempo e espaço, e não há nada além. O medo paralisante empobrece a alma, suga a energia da vida.
Ser criativo é também reconhecer a importância do medo para a nossa proteção e manutenção da vida... Ouvir o medo permite que rotas mais seguras sejam traçadas, de forma mais consciente. Com o famoso "pé no chão". Mas a cabeça voltada para o horizonte...
Não se trata de fazer o "jogo do contente" proposto pela Pollyanna, personagem do livro homônimo. Mas de uma aceitação de que a vida impõe barreiras. E nem sempre temos a resposta para o porquê. Mas independente disso, as rédeas da vida estão na mão de cada um. E com criatividade é possível encontrar novas soluções, muitas vezes mais interessantes do que a inicial, e viver melhor.
Cheguei ao final do texto e sinto a vibração da criatividade me envolver... Muito melhor do que aquela de estagnação diante da contrariedade! Sinto vida, e isso me faz pensar em como é bom viver!
Gisele Faria
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar
Atendimento com hora marcada:
(21) 8872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ
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