segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma Prática Milenar Contemporânea



É uma ciência muito antiga de origem indiana. Criada por homens sábios, grandes observadores da natureza, que viveram antes da era cristã. Esses homens, dotados de bons princípios de vida, sistematizaram posturas e práticas tendo por objetivo o aprimoramento do ser. Desenvolveram métodos de equilíbrio físico, emocional e energético, aplicáveis e eficazes a qualquer tempo da vida humana.

A palavra YOGA vem da raiz sânscrita yuj, cujo significado é junção, união, integração. Quer dizer unificação de si mesmo. E aqui está o segredo para a felicidade duradoura.

Atualmente podemos definir o YOGA como uma filosofia de vida que visa à integração do indivíduo consigo mesmo e com ambiente em que vive. A prática do yoga proporciona boa forma, alívio do cansaço físico e mental, rejuvenescimento, concentração, clareza mental, serenidade, entre outros benefícios. 

Sua prática sistemática afeta energeticamente o sistema nervoso e regula o sistema endócrino. Atua como um um método preventivo de saúde. 

Consiste em práticas respiratórias, posturas físicas, limpeza das mucosas e meditação. Além do cultivo de bons hábitos diários, como boa alimentação, otimismo e controle do nível de estresse. 

O asana, ou seja, a postura física, apesar de parecer apenas uma atitude do corpo, é uma expressão do homem integral, manifestando-o em todos os planos: no corpo, no pensamento, na ação, no corpo sutil e no espírito. 

 
                                                 Valeria Silva                                                  
Instrutora de Yoga, Yogaterapeuta e Psicoterapeuta (CRP 05/23923)


     Consultas e aula de yoga em Madureira/RJ
valeria.prema@yaho.com.br

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A verdade na Literatura e na Psicologia



Costumo dizer que a Literatura é vida. Se você pensar bem, toda a multiplicidade de elementos que compõe a humanidade está presente nos clássicos literários. Então, o que é a Literatura? De certa forma, a Literatura é o grande oceano no qual o conhecimento deságua. Ok, dito isso, você pode estar se perguntando: “Ué, o que isso tudo tem a ver com Psicologia?”. Como jornalista e profissional de Letras (portanto, leigo nos conceitos que decifram a alma), respondo confiante: TUDO!
 
Para defender meu “contundente” argumento, vou me ater a apenas um ponto vital das obras literárias: o narrador. Basta você pensar nos seus títulos preferidos e lembrar qual o “propósito” ou enfoque dado à trama. Segundo Thomas C. Foster, no livro “Para Ler Romances como um Especialista”, é justamente a figura do narrador que dará o tom do relato.
 
Para ficar em apenas três modelos, iniciarei pelo ponto de vista do narrador em primeira pessoa. Quem garante que quem conta os fatos está falando a verdade? Impossível. Em muitos casos, o personagem-narrador nem sabe o que está acontecendo em outros “núcleos” da trama. Continuando com o raciocínio de Foster, o narrador em terceira pessoa como “testemunha” dos episódios relatados também pode deturpar a “veracidade” das ações, dando o enfoque que bem entende. Resumindo: manipula a leitura. E o “tradicional” narrador onisciente que aparentemente, como um Deus, sabe e vê tudo. Pela simples impossibilidade de relatar tudo o que conhece sobre os personagens, esse tipo de narrador “seleciona” os pontos que merecem destaque para o andamento do romance ou conto.

Como deve ter notado, não existe um narrador imparcial. Em outras palavras, o autor decidirá sob qual ponto de vista a trama será narrada. Bingo! Eis a palavra mágica à qual eu queria chegar: parcialidade.
 
Antes de avançar para o próximo argumento, sugiro que você faça um exercício mental para “comprovar” o que foi dito acima. Imagine duas situações que você viveu recentemente. Uma positiva e outra nem tanto. Agora tente fazer um relato das duas. Note que na experiência negativa há uma clara tendência de “culpar” ou, na melhor das hipóteses, valorizar demais a importância dos outros no episódio. Já na positiva, você dá um grande destaque à própria atuação. Obviamente, as duas versões não refletem o fato em si. Assim como um escritor, você acabou de aplicar diferentes pontos de vista. Foi parcial!
 
Em parte, tratando-se da vida real, os tais pontos de vista variam de acordo com nosso humor, interesses (propósitos) e preconceitos. (Sim, não adianta revirar os olhos, todos temos preconceitos.) Na Literatura, esse recurso possibilita que o escritor amplifique o sentido da obra. Então, pouco importa se a trama será contada em primeira ou terceira pessoa, onisciente ou não, essa decisão refletirá uma visão de mundo.
 
Assim é a vida. Todos nós buscamos a “verdade”! Mas o que é a verdade? Uma abstração, talvez! Se a sua visão de mundo é diferente da minha, obviamente teremos “verdades” diferentes. Podemos presenciar o mesmo fato e criar versões totalmente distintas. Então, como saber qual está certa ou mais próxima da realidade? IMPOSSÍVEL!
 
Em diferentes gradações, a Literatura transborda veracidade nas entrelinhas, pois ela é feita com base nas peculiaridades da alma humana, tão única, tão diferente e tão intrínseca à essência de cada um.
 
Viva a Literatura! Viva a Vida!
 
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Antonio Munró Filho, jornalista e profissional de Letras, é o criador do blog cultural Alegria de Ser o que É. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Vida e a Criatividade


Após o texto anterior, sobre a morte, a ideia aqui era dar continuidade ao assunto, e escrever na semana passada sobre "contrariedade". Mas curiosamente, depois de algumas tentativas diante do monitor, o texto não saiu...

Então resolvi deixar fluir e o processo de escrita acontecer naturalmente. Até porque, se não for natural, não tem alma. E sem alma, não tem vida. E se não tem vida, não tem troca. E se não tem troca, não tem sentido... para mim.

Entre um flash de pensamento e outro, pensei: "Que interessante, lidar com a contrariedade é tão difícil, que escorreguei dela como um sabonete escorre de mãos molhadas..." E pensei também que recém escrevi sobre a possível maior de todas as contrariedades - a morte. E que ficaria um tanto desmotivante mencionar o tema mais uma vez, mesmo que de outra forma.

Aí me veio a luz! Eureka! Abordar justamente a solução para a questão, ou seja, a CRIATIVIDADE!

É com criatividade que desvendamos problemas. E se não desvendamos, inventamos novas possibilidades, criamos novos recursos, e descobrimos novos caminhos.

Talvez essa seja a maior, digamos, virtude do ser humano. Ou a chave-mestre para toda a existência. Talvez seja a criatividade, inerente a todos nós, que nos permita caminhar com segurança diante das incertezas da vida e, consequentemente, das contrariedades que ela nos oferta para crescer.

A criatividade nos torna flexíveis, confiantes, certos de que tudo é contornável. Aquela história de que "para tudo há um jeito", sabe?! Faz com que despertemos para potencialidades adormecidas em nós, desconhecidas até...

Muitas vezes o que atrapalha o contato com ela é o medo. E o medo toma conta quando a visão é limitada, como se houvesse apenas uma saída, a que justamente se encontra interditada. Ele faz acreditar que toda a vida se resume àquele período de tempo e espaço, e não há nada além. O medo paralisante empobrece a alma, suga a energia da vida.

Ser criativo é também reconhecer a importância do medo para a nossa proteção e manutenção da vida... Ouvir o medo permite que rotas mais seguras sejam traçadas, de forma mais consciente. Com o famoso "pé no chão". Mas a cabeça voltada para o horizonte...

Não se trata de fazer o "jogo do contente" proposto pela Pollyanna, personagem do livro homônimo. Mas de uma aceitação de que a vida impõe barreiras. E nem sempre temos a resposta para o porquê. Mas independente disso, as rédeas da vida estão na mão de cada um. E com criatividade é possível encontrar novas soluções, muitas vezes mais interessantes do que a inicial, e viver melhor.

Cheguei ao final do texto e sinto a vibração da criatividade me envolver... Muito melhor do que aquela de estagnação diante da contrariedade! Sinto vida, e isso me faz pensar em como é bom viver!

Gisele Faria 
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

Atendimento com hora marcada:
(21) 8872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Um tabu assombroso




Hoje vou tocar em um assunto delicado... sobre "aquela que não se diz o nome". Geralmente é considerada maldita, uma verdadeira desgraça ou catástrofe quando se apresenta. 

Cheguei ao segundo parágrafo e ainda não revelei o seu nome. Mas não tem jeito... uma hora isso tem que acontecer. Pois bem, lá vai... o nome dela é... Morte!

Se bobear, agora você nem deseja terminar esta leitura um tanto mórbida. Afinal, este assunto gera mesmo sensações indesejadas e, consequentemente, repulsa a uma realidade comumente evitada até o último suspiro.

A morte causa minimamente estranheza porque é a única certeza do que vai acontecer na vida, mas não se faz ideia do que vem depois dela. Quer dizer, ideia até faz, um monte delas, e isso é de matar! Mas você bem sabe disso e o que viu até aqui não é nenhuma novidade, não é mesmo?


 Proponho então discutir sobre como encarar essa dura realidade. Como lidar com a dor que ela faz sentir só de pensar?

Sabemos que a morte usualmente é associada à perda. Essa relação possivelmente provém da forma como a cultura ocidental em que estamos inseridos dá valor a ela. Cultura ocidental aqui se refere ao culto demasiado ao materialismo, ao imediatismo, à famosa necessidade de ter a custo do existir. Algo como "tenho, logo existo".

Seguindo essa linha de raciocínio, a morte passa então a ser "tomada para Cristo", uma ousada bruxa má que leva embora o que supostamente deveria ser nosso.

Assim, a morte ganha o status de maior das maiores contrariedades na vida. Tamanha, que se tenta fugir dela como "o diabo foge da cruz".

Aí é que costuma atuar o sofrimento... Ao invés de buscar aceitá-la, aponta-se com o indicador rígido o suposto culpado pelo terrível desastre. Caso nenhum elemento seja identificado, o inquisidor se torna a vítima da própria acusação. E aí o sofrimento vira palco para a mágoa, o ressentimento, a tristeza sem fim, o desânimo constante, numa inércia arrastada.

Talvez ler isso gere raiva em algum leitor. Este possivelmente se pergunta como é possível não sofrer diante da partida de algo ou alguém.

Aproveito para ressaltar que cada um é livre para sentir o que sente... Só você, que está sob a sua pele, pode decidir de que forma lidar com a morte e o morrer. Nem sempre essa escolha é consciente. No entanto, o sofrimento não é o único caminho.

É bem verdade que aceitar não é nada fácil... Ah, não é... Por isso é um processo cujo ritmo é individual e intransferível. Nele sentimos mais a dor pela falta do que pelo sentimento de impotência. Quero dizer, embora exista a consciência e a aceitação de que não somos mesmo "super poderosos" e "donos do universo", ainda assim não temos mais aquele algo ou alguém valioso ao nosso lado da maneira como gostaríamos. Olhar para o lado e ver o vazio dói... para valer. Horas mais, horas menos... mas dói.

O jeito é seguir caminhando pacientemente a serviço do sábio tempo, que reorganiza a vida de modo a promover o movimento necessário. Um passo de cada vez, chorando quando dá vontade, e sorrindo também quando dá vontade. Despedindo-se a cada lembrança que a mente evoca daquilo ou daquele que se foi... agradecendo pelo que foi bom e também pelo que não foi.

E compreendendo genuinamente que o que os olhos não veem o coração sente também.

A percepção de que da mesma forma como há noites escuras também há dias ensolarados traz o conforto e a confiança para arriscar viver com a certeza de que se há morte... Há vida também!

Quanto mais exercitamos a ampliação da nossa consciência nesse sentido, mais fácil fica lidar com a dor como ela merece, sem mais nem menos... Há maneiras de praticar esse exercício no cotidiano. Mas isso fica para um outro dia... ou não!
  
  
Gisele Faria 
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

Atendimento com hora marcada:
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