Psicoterapia: para quê e para quem?

"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Carl Jung





Recordo-me especialmente de uma das aulas introdutórias do curso de Psicologia, quando me foi apresentada a origem do significado de "psique". Do grego, ψυχή, psychḗ, sopro de vida ou alma. Etimologicamente, Psicologia seria, portanto, o estudo da alma.

Pensei "Uau, profundo e complexo, como nós, seres humanos!"

Posto que a Psicologia é uma ciência advinda da filosofia, seu objeto de estudo é constantemente debatido, assim como as terapias aplicadas a ele. O que ela estuda? A mente? O comportamento? O inconsciente? E por aí vai...

Daí as várias linhas teóricas, como a Psicanálise, a Gestalt-terapia, a Psicologia do Comportamento, a Psicologia Analítica, a Psicologia Transpessoal, dentre tantas outras não menos importantes do que estas.

Como psicoterapeuta, percebo que todas trazem valiosa contribuição para a prática psicoterápica, visto que auxiliam o profissional a expandir o entendimento do comportamento humano e suas questões existenciais, assim como aplicar inúmeros recursos ou técnicas para auxiliar o indivíduo no seu processo de ampliação da consciência de si mesmo.

É justamente nessa aplicação de técnicas terapêuticas que consiste a psicoterapia. O dicionário técnico de Psicologia (Álvaro Cabral e Eva Nick, 2001. Ed. Cultrix), a define como "a aplicação de técnicas especializadas ao tratamento de distúrbios mentais ou problemas de ajustamento do cotidiano". 

É muito comum ouvirmos que psicoterapia é "coisa pra maluco". Isso é uma ideia muito equivocada que foi condicionada a um tempo em que não se sabia (ou não se queria?) lidar com os desajustes humanos, os quais foram taxados de loucura e tratados de maneira muito inadequada.

O que ocorre é que todos nós, seres humanos, vivenciamos conflitos psíquicos. Isso porque somos desejosos por natureza. Queremos ter e queremos ser... Como conciliar essas vontades? Eis a questão...

Queremos nos realizar profissionalmente e não queremos abrir mão da segurança. Queremos amar e não queremos perder. Queremos nos entregar e queremos garantias. Queremos o risco e não queremos abrir mão do controle. Queremos viver e não aceitamos que morremos.

Comumente não se tem consciência do quanto tais conflitos nos afetam... Aí somos convidados a percebê-los, diante de manifestações físicas ou psíquicas, como doenças de forma geral, peso corpóreo inadequado, estresse, ansiedade em excesso, insônia, depressão, pânico, entre outras. Ou então quando há uma repetição frequente de um padrão comportamental. É muito comum ouvir "só atraio pessoas assim" ou "sempre atraio situações desse tipo".

Minha dica é: atenção aos sinais! Vida é movimento... E se nela experimentamos repetições e estagnações, é porque algo precisa ser avaliado e modificado, para que a harmonia se restabeleça... Não é fácil fazer isso sozinho, embora não seja impossível. Mas pode ser mais leve com ajuda especializada.

Procure um profissional com quem se sinta à vontade para se abrir e depositar sua confiança. Não basta ter a técnica se não há uma relação de confiança entre ambos. Pois é na relação que a troca acontece, assim como o amadurecimento de cada um e do processo terapêutico.

E lembre-se: Cuide de você. Sua vida é valiosa para todos nós!

 Gisele Faria
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

Atendimento com hora marcada:
(21) 98872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ

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