quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Abrir os olhos para enxergar a alma



O cotidiano conturbado, repleto de pequenas exigências e atribuições diárias dificultam a contemplação da natureza e, consequentemente, a interação com ela, como é mais propício na vida no campo.

Como em tudo que existe, as polaridades têm sua força no estilo de vida empregados, seja na cidade ou no campo. Enquanto na primeira o nível de produtividade de coisas e conhecimentos cresce em progressão, digamos geométrica, no segundo o ritmo é mais lento e por essa razão a produtividade é menor, o que viabiliza a observação e o contato mais estreito com a natureza.

Não cabem aqui julgamentos reducionistas quanto a que tipo de atividade é melhor ou pior. Até porque, conforme o taoísmo, base filosófica da Medicina Tradicional Oriental, propõe, nada é uma coisa só. Não há separatividade total e completa das coisas, justamente porque as coisas não são estáticas, assim como a energia não o é. Somos energia, tudo é energia. Logo, não somos uma coisa só.

Por essa razão, ora precisamos de momentos mais Yang, ou seja, mais ativos e produtivos, ora, mais Yin. Mais introspectivo, mais contemplativo. A harmonia entre esses movimentos é que nos gera o equilíbrio.

Quando congelamos em uma dessas polaridades, adoecemos. Ao viver apenas voltada para o material, para o trabalho, para o outro, sem atentar para as necessidades do interior, a força vital enfraquece, se desequilibra, empobrece. Por isso a importância das relações, do entre, com tudo e com todos.

A planta precisa do sol assim como o sol precisa da planta, pois há uma troca de energias entre ambas. Os animais precisam da planta e do sol, assim como as plantas dos animais. Nós, seres humanos, precisamos dos animais, das plantas, do sol, assim como todos esses elementos vitais precisam de nós. Pecisamos uns dos outros para coexistir.

Como nutrir essa inter-relação com a nossa natureza e a natureza ao nosso redor, incluindo nesse contexto as criações do homem (industriais e manufaturadas)? Às vezes parece até impossível, não parece?

Mas não é. Desde que haja disposição para mudar certos hábitos que não raro se tornaram vícios. O primeiro passo consiste em voltar a ATENÇÃO para a necessidade de interagir melhor consigo mesmo e, logo, com o outro.

Parece mentira, mas o simples fato de dar atenção para algo, já contribui para que mudanças ocorram. A Física Quântica tem constatado esse fenômeno. 

Atente-se para a maneira como você se relaciona e observe como você começa a pensar e a sentir de forma diferente as experiências da vida, até as mais corriqueiras. De repente nem são os pensamentos, os sentimentos ou as sensações que são novos, mas o seu estado de atenção é novo. Este é um comportamento novo. Um passo promove outro, um movimento impulsiona outro, sucessiva e naturalmente.

Como eu já destaquei em outros textos, nem sempre é fácil encarar as constatações dos pensamentos, sentimentos e sensações que transitam em nós. E nessas horas uma ajuda pode ser necessária. Não se abstenha de pedir ajuda. Avalie que tipo de ajuda você precisa para que possa lograr êxito na sua busca.

Frequentemente a desistência e o sentimento de fracasso ocorrem por falta de assertividade na empreitada. A fonte recorrida pode não ter sido a mais adequada. Não engesse crenças como "eu não consigo" ou "não tem jeito" sem avaliar as ferramentas que utilizou para tentar. Para tudo há uma solução, de uma forma ou de outra.

Então... Atenção!


Gisele Faria 
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

Atendimento com hora marcada:
(21) 8872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ

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