quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como Peças de uma Engrenagem


Há pouco tempo, assisti ao filme americano As invenções de Hugo Cabret, e o que me fisgou no longa-metragem não foram seus efeitos visuais ou fotografia, motivos que o premiaram com Oscar no ano passado, embora sejam realmente dignos de premiação. Mas o que me conectou mesmo a ele foi a forma como o menino Hugo Cabret discorre de forma muito simples sobre algo difícil de ser assimilado, de forma geral.

Ele aborda uma questão que é constantemente debatida no espaço terapêutico: o propósito de vida.

Comparando o mundo a uma grande engrenagem, Hugo Cabret explica para uma amiga que cada ser é uma peça com uma função ou propósito.  Ou seja, há um motivo para que exista. E, caso essa função não seja exercida ou não ocorra adequadamente, a "grande engrenagem" ou "grande máquina" sofre os efeitos e compromete seu funcionamento como um todo.

São inúmeros os motivos pelos quais se justificam os desvios que fazem uma "peça" se tornar desfuncional. No filme, a decepção, a tristeza, a dificuldade em lidar com as contrariedades da vida, contribuíram fortemente para que uma dessas "peças", no caso, um cineasta frustrado, deixasse de servir à "grande engrenagem" ao fazer calar sua criatividade e alegria de viver, trabalhando mecanicamente em uma loja de brinquedos.

Todos os dias Hugo roubava ferramentas, assim como o fazia com os alimentos, para dar continuidade ao conserto de um brinquedo que seu pai não conseguiu concluir antes de morrer.

A vida dele se resumia a cuidar do relógio da estação ferroviária onde morava e roubar as tais ferramentas e os suprimentos. Apesar de se tratar de uma rotina diária, diferente do caso do cineasta mencionado, as ações de Hugo não eram mecânicas. Ele não sabia por que era tão importante consertar o brinquedo; ele só sabia que era importante para ele.

Nesse contínuo movimento aparentemente sem sentido, Hugo conheceu uma menina, de quem se tornou amigo. E foi essa amizade que o conduziu a outras "peças", até chegar à "peça-chave" que o permitiu compreender o motivo daquela missão em sua vida.

E assim acontece conosco, no nosso dia-a-dia... Num somatório de pequenas e grandes missões cotidianas que em algum momento se interligam, e compreendemos o propósito do caminho percorrido até ali.

Pode até ser difícil racionalizar qual seja o seu propósito. Porém, não o é senti-lo. Isso porque não é algo que se possa prever e calcular ou até mesmo explicar, mas sim que dá um senso de direção, guiando cada passo de acordo com o movimento da vida. Até que, ao olhar para a trajetória percorrida, percebe-se o sentido que há nela.

Essa ideia permite nos fazer pensar que tudo que existe tem uma finalidade, independente dos efeitos que provoca. E, especialmente, traz à reflexão a responsabilidade de cada um para com a própria vida e, consequentemente, com a vida de todas as outras "peças" da "grande engrenagem".


Gisele Faria 
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

Atendimento com hora marcada:
(21) 8872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Massagem Terapêutica Sueca


Geralmente associamos massagem a relaxamento. Não raro dizemos ou ouvimos alguém dizer "estou tensa, preciso de uma massagem" ou algo nessa linha. Ela serve, sim, pra liberar as tensões, e também para outros propósitos terapêuticos. Confira o texto abaixo, escrito pela terapeuta Sílvia Helena Caldas, que explica sobre os efeitos terapêuticos da massagem sueca!

SOBRE SUA ORIGEM E TÉCNICA

Hoje a massagem terapêutica pode ser definida como manipulações científicas dos tecidos do corpo com o propósito de afetar os sistemas nervoso, muscular, visceral, circulatório, digestivo e facial.  É muito mais do que mera manipulação de tecidos. É uma forma de comunicação direta e simples entre o terapeuta e o paciente, visto que as mãos são receptores extremamente sensíveis.

Durante a massagem, as mãos descobrem a geografia interna do corpo, revelando tensões, pontos doloridos, dores escondidas, pontos sensíveis, regiões congestionadas e inchadas e, desse modo, fazem grandes descobertas sobre o paciente.


Importância do toque: através do toque tomamos consciência de nosso corpo, possibilitando um tratamento adequado.



A massagem é praticada há pelo menos cinco mil anos no oriente. Na Grécia, havia um verdadeiro  culto  ao físico e, deste modo, muito se valorizava todo tipo de ginástica e exercícios físicos. Por esta razão, a massagem era amplamente empregada, juntamente com vários costumes de higiene corporal.

Roma herdou a cultura física dos gregos, sendo que esta ressurgiu entre os romanos com menos ímpeto e importância do que lhe dedicavam os gregos.

Com o advento da Idade Média, todos os métodos e sistemas de higiene corporal, assim como a cultura física, foram considerados imorais pela mentalidade estreita da época. Os caminhos da medicina antiga foram praticamente esquecidos durante a Idade Média e, somente no século XVI, este interesse se renovou, com a iniciativa de Ambroise Paré.

Mas somente no século XIX, a ginástica médica e a massagem ganharam impulso através do trabalho de Per Henrik Ling da Suécia. Ling ganhou aceitação e apoio para suas idéias, e seu método ficou conhecido como “Sistema Ling de Massagem e Ginástica” ou “Movimento Sueco de Tratamento”. Após sua morte, em 1839, seus alunos publicaram seus trabalhos e muitos estrangeiros que foram estudar na Academia Central de Estocolmo espalharam suas teorias.

A massagem sueca inclui sete manipulações básicas: deslizamentos superficiais, deslizamentos profundos, fricção, amassamentos, percussão, vibração e movimentação.

QUAIS OS EFEITOS DA MASSAGEM?

Estimula o sistema nervoso e circulatório, melhora a função do órgão, eleva a atividade celular, fortalece a musculatura e o tônus geral do corpo, aumenta a circulação linfática, tanto quanto melhora a digestão e a absorção de nutrientes, suaviza a pele, solta e relaxa a musculatura, garante maior flexibilidade, elimina toxinas, traz energia, elimina stress e tensão, revigora e rejuvenesce, ativa os poderes de cura do corpo, promove o relaxamento, induz a redução da fadiga, alivia a dor.

Contra – Indicações
  • Tumores benignos ou malignos;
  • Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos etc.);
  • Gravidez – para massagens abdominais mais profundas

Sílvia Helena Caldas (Rioflor 227)
Massagem Sueca  .  Terapia Floral  .  Shiatsu  .  Reiki

Atendimento com hora marcada:
(21) 9973-9309

Psicoterapia: Para quê e para quem?

"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Carl Jung


Recordo-me especialmente de uma das aulas introdutórias do curso de Psicologia, quando me foi apresentada a origem do significado de "psique". Do grego, ψυχή, psychḗ, sopro de vida ou alma. Etimologicamente, Psicologia seria, portanto, o estudo da alma.

Pensei "Uau, profundo e complexo, como nós, seres humanos!"

Posto que a Psicologia é uma ciência advinda da filosofia, seu objeto de estudo é constantemente debatido, assim como as terapias aplicadas a ele. O que ela estuda? A mente? O comportamento? O inconsciente? E por aí vai...

Daí as várias linhas teóricas, como a Psicanálise, a Gestalt-terapia, a Psicologia do Comportamento, a Psicologia Analítica, a Psicologia Transpessoal, dentre tantas outras não menos importantes do que estas.

Como psicoterapeuta, percebo que todas trazem valiosa contribuição para a prática psicoterápica, visto que auxiliam o profissional a expandir o entendimento do comportamento humano e suas questões existenciais, assim como aplicar inúmeros recursos ou técnicas para auxiliar o indivíduo no seu processo de ampliação da consciência de si mesmo.

É justamente nessa aplicação de técnicas terapêuticas que consiste a psicoterapia. O dicionário técnico de Psicologia (Álvaro Cabral e Eva Nick, 2001. Ed. Cultrix), a define como "a aplicação de técnicas especializadas ao tratamento de distúrbios mentais ou problemas de ajustamento do cotidiano". 

É muito comum ouvirmos que psicoterapia é "coisa pra maluco". Isso é uma ideia muito equivocada que foi condicionada a um tempo em que não se sabia (ou não se queria?) lidar com os desajustes humanos, os quais foram taxados de loucura e tratados de maneira muito inadequada.

O que ocorre é que todos nós, seres humanos, vivenciamos conflitos psíquicos. Isso porque somos desejosos por natureza. Queremos ter e queremos ser... Como conciliar essas vontades? Eis a questão...

Queremos nos realizar profissionalmente e não queremos abrir mão da segurança. Queremos amar e não queremos perder. Queremos nos entregar e queremos garantias. Queremos o risco e não queremos abrir mão do controle. Queremos viver e não aceitamos que morremos.

Comumente não se tem consciência do quanto tais conflitos nos afeta... Aí somos convidados a percebê-los, diante de manifestações físicas ou psíquicas, como doenças de forma geral, peso corpóreo inadequado, estresse, ansiedade em excesso, insônia, depressão, pânico, entre outras. Ou então quando há uma repetição frequente de um padrão comportamental. É muito comum ouvir "só atraio pessoas assim" ou "sempre atraio situações desse tipo".

Minha dica é: atenção aos sinais! Vida é movimento... E se nela experimentamos repetições e estagnações, é porque algo precisa ser avaliado e modificado, pra que a harmonia se restabeleça... Não é fácil fazer isso sozinho, embora não seja impossível. Mas pode ser mais leve com ajuda especializada.

Procure um profissional com quem se sinta à vontade para se abrir e depositar sua confiança. Não basta ter a técnica se não há uma relação de confiança entre ambos. Pois é na relação que a troca acontece, assim como o amadurecimento de cada um e do processo terapêutico.

E lembre-se: Cuide de você. Sua vida é valiosa para todos nós!

Gisele Faria da Silva
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

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Os benefícios da Acupuntura



Acupuntura é um método terapêutico que consiste em estimular a harmonização do organismo através de sutil colocação de agulhas em pontos específicos do corpo, correlacionados aos seus meridianos e pontos energéticos.

Surgiu a partir de estudos milenares da Medicina Tradicional Oriental, fundamentalmente embasados na observação de que os princípios de funcionamento que regem o organismo do ser humano são os mesmos que regem a natureza.

Considera que a interação entre as energias (Qi) mais densas (Yin) e mais sutis (Yang) na natureza, e consequentemente no homem, resulta em uma estrutura cujo equilíbrio pode ser alterado por diversos tipos de influências tais como ambiental, alimentar, comportamental, entre outras. Nesses casos, diz-se que há um padrão de desarmonia que pode se manifestar tanto em nível físico ("doenças" de forma geral) quanto emocional e psíquico, em graus distintos.

Daí a relevância da auto-observação, posto que quanto antes verificado o padrão de desarmonia, mais rapidamente é possível restaurar o equilíbrio. Dores de forma geral, mau funcionamento do metabolismo, insônia, ansiedade, depressão são alguns exemplos da manifestação de tais desarmonias.

Por essa razão, a Acupuntura é também um excelente recurso preventivo. Vivemos constantemente sob demandas sociais, culturais, biológicas, entre tantas outras, que geralmente nos sobrecarregamos, fazendo-se necessário, assim, dispormos de maior atenção e cuidado para a manutenção de nossa saúde.

Inicialmente é feita uma investigação ou anamnese referente às queixas apresentadas pelo indivíduo, para que o terapeuta possa, então, orientá-lo quanto ao procedimento mais adequado para o seu tratamento.

Não há tempo, número de sessões, nem frequencia predeterminados. Estes são avaliados pelo terapeuta junto com o indivíduo, de acordo com a necessidade.

Independente de que recursos utilizar, prevenir é sempre melhor do que remediar!

Gisele Faria da Silva
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
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Auriculoterapia: Nome difícil, técnica simples



Auriculoterapia é um método terapêutico, comumente associado `a Acupuntura, que utiliza a orelha para avaliação e tratamento das disfunções orgânicas, emocionais e dores em geral. Visa, portanto, a harmonizar o organismo como um todo através da estimulação de pontos da orelha por meio de agulhas ou sementes, mais usualmente as de mostarda.
                                              
Como isso é possível?           
 
A Medicina Tradicional Oriental constatou que em todo o corpo humano circula energia através de Canais (de energia) específicos. Seus estudos revelaram que a orelha é um local onde todos esses canais se reúnem.
 
Curiosamente, um médico francês chamado Paul Nogier observou em meados do século XX que o formato da orelha se assemelha ao de um feto de cabeça para baixo.

A partir de tal observação, verificou-se uma ligação entre a posição dos pontos no pavilhão auricular e aquela ocupada pelo feto (pouco antes do nascimento), colaborando de modo significativo para a evolução da Auriculoterapia.
 
Não obstante a simplicidade desta técnica, trata-se de um tratamento sério, embasado em um diagnóstico aprofundado. Uma das vantagens deste recurso consiste na sua ação harmonizadora sem efeitos colaterais, sem contar a facilidade da sua aplicação. 


Gisele Faria da Silva
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar

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Despertando com os Florais de Bach

"A causa de todos os nossos problemas é o ego e a separatividade, e esses desaparecem tão logo o amor e o conhecimento da grande Unidade se tornem parte de nossas naturezas". Dr. Bach


                 
Para compreender o sistema Florais de Bach, é preciso antes de mais nada compreender o significado de doença, segundo o médico inglês Edward Bach (24 de setembro de 1886 – 27 de novembro de 1936).
De acordo com sua visão de homem e com os estudos na sua área de atuação, para Bach no homem reside uma alma, isto é, uma fonte de sabedoria que sabe qual ambiente e que circunstâncias o ajudarão melhor a se aprimorar enquanto ser.

A doença, portanto, é o resultado do conflito que surge quando nossa personalidade é atraída para fora do propósito de nossa alma, que é, primordialmente, a busca pela unidade de todas as coisas. E sua cura só pode ocorrer por meio de esforços mentais e espirituais de transformação.

Vale destacar que o termo espiritual não se vincula a religiosidade, mas sim à experiência do contato com a própria essência, com seu propósito de vida enquanto ser humano. Tal contato requer um certo esforço, pois não é tarefa fácil!



Metaforicamente, a Unidade seria como o sol e suas partículas que, juntos, formam uma única força. O sol caracteriza-se por uma força cujo centro emana um infinito número de raios em todas as direções.
Apesar de parecer que cada raio seja algo separado e distinto dos outros, a separação é impossível, pois se destacado de sua fonte,  simplesmente deixa de existir como tal. Em outras palavras, ainda que cada raio possa ter a sua individualidade, ele faz parte do grande centro gerador de forças.


 
 Dessa forma, qualquer ação contra nós próprios ou contra outro ser afeta o conjunto porque, qualquer dano em uma parte reflete no Todo.
A doença, manifestada no corpo físico ou não, é considerada, sob esse ponto de vista, benéfica. Quando emerge à superfície seja por uma doença em nível físico ou mental, nada mais é do que uma sinalizadora de que algo está em desarmonia.
Observando-a e compreendendo o significado de sua manifestação, é possível identificar a raiz da desarmonia interna e, assim, transformá-la em cura através da transformação dos pensamentos, dos comportamentos e das emoções de forma consciente a serviço do nosso bem-estar e, consequentemente, da Unidade.
E é essa "mãozinha" na ampliação da nossa consciência que os florais nos proporcionam. Ao entrar em contato com a essência dessas flores, nos deparamos com a nossa própria essência. E então... vamos despertando!

Gisele Faria da Silva
Terapeuta complementar

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