Todos os brasileiros, vivemos um momento histórico nesta Copa do Mundo 2014 looooonge das expectativas divididas coletivamente. Nem os realistas e os pessimistas imaginavam o resultado 7 x 1 a favor da Alemanha na semifinal. Muito se tem ouvido e lido que até havia certo preparo de espírito para a derrota, não obstante ainda pulsasse um quê de esperança na veia brasileira. Mas a maneira como este revés aconteceu foi chocante.
Não é sobre o futebol que abordaremos aqui. As devidas análises já estão sendo feitas pelos técnicos profissionais e pelos amadores do assunto. Trataremos neste texto sobre o sentimento compartilhado em nível nacional: a DECEPÇÃO.
A decepção é fruto da manutenção de um nível de expectativa incoerente com a realidade que se apresenta. Este sentimento pode ocorrer tanto em relação ao próprio indivíduo quanto ao outro, seja este outro um indivíduo ou o meio externo.
Quando ela se apresenta, uma sensação comum é de haver levado um "tombo maior que a própria queda". É a dor de haver sido retirados à frente dos nossos olhos os véus da ilusão.
Para que haja equilíbrio entre a expectativa e o resultado é preciso ter uma visão honesta das possibilidades e se posicionar a partir delas. Esta visão refere-se ao enfrentamento através da observação consciente e da avaliação dos recursos de que dispomos e os possíveis caminhos e resultados para o objetivo proposto. Ainda, o tempo necessário para cada etapa de tal feito.
Ao ampliar a consciência das pressões externas, do que nos é essencial e das nossas condições perante um desafio, mais seguros nos sentimos para encará-lo com responsabilidade. Assumimos os riscos com dignidade mesmo que seja para perder. Pode até haver frustração pela perda, mas não ocorre a decepção.
A frustração não é vilã. Ao contrário, ela é um agente de aprendizado fundamental para o nosso crescimento. Perder não é feio. Assim como não o é tirar nota baixa na escola. Perder ou ganhar é resultado de um conjunto de fatores que contribuíram para um fim com sucessivos recomeços de renovadas possibilidades.
A equipe alemã compartilhou este ensinamento conosco hoje. "Eles conhecem a dor da perda de uma Copa em casa", disseram. E desde então vêm se trabalhando para um dia, não na Copa seguinte, mas Copas depois, subindo degraus significativos, buscando se superar a cada disputa para um dia consagrar a vitória de cada pequena grande conquista ao longo dessa trajetória sem fim.
Considerando toda a história do futebol brasileiro, que se tornou referência mundial neste quesito esportivo, e da limitada educação em diferentes níveis no nosso país, é compreensível a tentativa da nossa Seleção de atender às expectativas da nação. Quanto mais educados formos para aceitar a frustração como um recurso natural e necessário para o crescimento, menos nos decepcionaremos com os resultados. Mais honestos e responsáveis nos posicionamos para com a nossa individualidade e, consequentemente, para com a coletividade da qual fazemos parte.
Parabéns aos campeões desta rodada! Brasileiros, coragem para ver e para ser!
Gisele Faria
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
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Terapeuta complementar
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