Esta frase deve ter sido ouvida por praticamente toda a humanidade, tanto pelos que se afinam com o cristianismo quanto pelos que não.
Há mais de 2.000 anos, segundo os textos bíblicos, fora instituído um mandamento para o homem amar. Um mandamento... para amar.
Isso me faz pensar o quanto desconhecemos, ainda hoje, esse verbo que parece tão familiar e ao mesmo tempo desconhecido; quase um mito, como um pote de ouro no fim do arco-íris.
Talvez tenhamos confundido o real sentido de riqueza. Queremos o ouro, só não atentamos para o fato de que ele não tem forma de bezerro nem é um objeto a ser adorado para que a felicidade bata à porta do coração.
Dois mil anos atrás fora preciso impor ao homem que não matasse; que não roubasse; que não invejasse; que não cobiçasse o que não lhe pertence, que respeitasse.
Crescemos com o que nos foi ditado sobre o que é errado. E então desenvolvemos o processo de educar nossos impulsos. A questão é: nós realmente aprendemos a controlar tais impulsos ou nos condicionamos a repreendê-los? Nós simplesmente decoramos a lição? Ou assimilamos o seu conteúdo?
Buscamos ser bons alunos da vida. Mas que tipo de bons alunos? Aqueles que estudam apenas para tirar nota ou passar de fase? Ou para realmente aprender?
Será que a solução é simplesmente dizer NÃO aos nossos impulsos? Como crianças, eles nos perguntam "Por que não?", fazendo beicinho e batendo o pé no chão, e respondemos "Porque não" ou então "Porque é feio".
Será que o que realmente importa é ficarmos bem na foto? A criança interior, na condição de ser dependente do outro (esse outro inclusive a nossa própria consciência), acaba por engolir a contragosto a resposta sem sentido. Então passa a reproduzir o que lhe foi "ensinado". Até descobrirmos com a própria vida que não é bem assim. E que precisamos de respostas consistentes e coerentes por ter o direito de viver, e não apenas sobreviver.
Por que não dialogar com os impulsos? Por que não dialogar com essa criança que só quer aprender a existir? Aprender inclusive que, para existir, ela precisa do outro assim como precisa da própria vida. Daí a atenção, o cuidado, o respeito. Será que aí não está uma resposta fundamentada?
Será que tanto tempo depois, em pleno Século XXI, nós não somos capazes de refletir e dialogar com nossos impulsos?
O que é amar, afinal? É seguir indiscriminadamente uma série de regras que nos foram impostas, com a devida funcionalidade, por conta da nossa própria ignorância? É nos mantermos ignorantes simplesmente repetindo o que nos foi repassado de geração a geração sem termos consciência do que escolhemos?
Esse tesouro não é palpável mas é alcançável.
Como eu sei??
Conversando com minha criança interior.
Gisele Faria
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar
Atendimento com hora marcada:
(21) 8872-7799
Estrada de Jacarepaguá 7221 Sala 508 Freguesia RJ
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