Certamente, você já ouviu por aí a frase
“quem ama, educa”. Há, inclusive, um livro com esse título, escrito pelo
psiquiatra e educador Içami Tiba, o qual aponta para a importância da
assertividade dos pais e familiares sobre os limites apresentados à criança.
Ainda estamos todos aprendendo a delimitar
fronteiras adequadamente, de gerações reprimidas por tantas imposições
autoritárias transitamos para outras cujo conflito predominante é a liberdade
de escolha sem uma embasada orientação de conduta.
Tendemos a significar o amor pelo SIM,
já o abandono e a rejeição, pelo NÃO. Trata-se de uma crença disfuncional, que
resulta numa tremenda confusão e dificuldade em lidar com as frustrações. Frequentemente
engolimos, sem digerir, situações desagradáveis para não desagradar, seja em
casa, no trabalho ou em qualquer meio, no intuito equivocado de assegurar o
vínculo estabelecido.
Como afirma “O pequeno príncipe”, “uma
vez cativado, cativado sempre”. Ou seja, no momento em que existe afinidade,
afeto, respeito, carinho e atenção, não há por que se preocupar com um suposto
rompimento do laço já feito. Até uma separação pode ocorrer de modo amoroso,
quando temos consciência sobre a permanência do vínculo, independente da forma
como se reconfigura.
Por esta razão, é possível deixar
expressar o amor pelo SIM e, TAMBÉM, pelo NÃO. Um NÃO consciente é libertador
para quem o emite assim como para quem o recebe. O solo está seguro, ambas as
partes sabem até onde podem ir e podem respeitar os respectivos espaços físicos
e psicológicos, tão imprescindíveis à individualidade.
Quando nos permitimos ser honestos uns
com os outros ao dizermos um NÃO, com todo amor, somos verdadeiros e livres ao
dizer SIM!
Gisele Faria
Psicoterapeuta (CRP 05/37984)
Terapeuta complementar
Atendimento com hora marcada:
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